segunda-feira, 28 de outubro de 2013

DIABETES E SUAS CARACTERÍSTICAS

DIABETES, definição:

Síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e proteínas, causado tanto pela ausência de secreção a insulina como pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina.
(GUYTON,2010)


Diabetes Tipo I - Insulino dependente
Diabetes Tipo II - Insulino não dependente


CAUSAS DO AUMENTO DA DOENÇA:
  • Urbanização e Tecnologia
  • Sedentarismo
  • Hábitos alimentares e obesidade
  • População mais idosa

SINTOMAS
  • Poliúria
  • Polifagia
  • Polidipsia

 EXERCÍCIO FÍSICO E DIABETES, (adaptação ao ACMS. 2010)
  • Treinamento aeróbio
Frequência de 3 a 7 dias por semana
Intensidade de 50% a80% do VO2R
Duração de 20 a 60 minutos continuo ou acumulado de sessões

  • Treinamento de força
Frequência de 2 a 3 dias por semana (pelo menos 48 horas de intervalo entre as sessões)
Intensidade de 2 a 3 séries de 8 a 12 rep. 60% a 80% de 1RM
Duração de 8 a 10 exercícios multi articulares dos principais grupamentos


CUIDADOS DURANTE O TREINAMENTO

  • Hipoglicemia(<70 mg/dl)
  • Evitar exercícios no momento de pico  da insulina
  • Evitar a injeção de insulina nos membros que serão utilizados
  • Evitar locais quentes
  • Verificar a PA antes e após o exercício
  • Kit diabetes: insulina e glucagon





quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ESCOLHENDO O MELHOR EQUIPAMENTO

ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS

É frequente a dúvida sobre qual o melhor equipamento a ser usado durante o treino, abaixo segue um pequeno resumo sobre os pontos positivos e negativos de algumas opções dentro da academia.

MÁQUINAS, tal como o Leg Press, Supino vertical, entre outros:

Vantagens:
Segurança, pois não necessitam tanto de equilíbrio e coordenação;
Facilidade de uso;
Possibilidade de exercícios unilaterais, que são mais eficientes;
Trabalho para reabilitação e pequenos grupamentos;

Desvantagens:
Menor atuação dos músculos estabilizadores.

PESOS LIVRES, uso principalmente de halteres:

Vantagens:
Maior liberdade de movimento;
Ativação dos músculos estabilizadores;

Desvantagens:
Aluno iniciante;
Déficit bi-lateral;
Maior risco se houver uma execução errada.

TENSORES, elásticos em geral:

Vantagens:
Favorecem a alunos iniciantes e com dificuldade de coordenação;
Liberdade de movimento;
Adaptação a curvatura do aluno;
Fácil transporte;
Maior recrutamento de unidade motora devido sua ação concêntrica e excêntrica.

Desvantagens:
Alunos avançados;
Variação limitada de exercícios;


Encerrando o tema, segundo um estudo de 2007, onde foi verificado a influencia do exercício resistido realizado em maquina e com pesos livres sobre a fadiga muscular, identificou o seguinte:

A realização de exercícios de musculação através da utilização de máquinas ou pesos livres pode gerar diferentes sobrecargas metabólicas no organismo, favorecendo ou inibindo a fadiga.
Sendo assim ao final do teste que foi verificado a execução do supino com halter e supino na máquina, o estudo chegou a conclusão que uma sessão de musculação que contenha somente exercícios com pesos livres contribui negativamente em termos de rendimento agudo, pois durante a realização desse tipo de esforço, ocorre ativação de músculos para a estabilização articular induzindo fadiga precoce.




Referência:

BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4.ed. São Paulo: Phorte, 2002.
FLECK, S.J.; KRAEMER, J.W. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999
Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 113 - Octubre de 2007


quinta-feira, 4 de julho de 2013

OS PRINCIPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO





Veremos a seguir o conceito e a importância de cada principio do treinamento, iremos abordar 6 princípios, preconizados por Tubino e Estelio Dantas. (TUBINO, 1984) e (DANTAS, 1995)


  1. PRINCIPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA -  Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e necessidades do indivíduo. 
  2. PRINCIPIO DA ADAPTAÇÃO - Segundo Weineck, as adaptações biológicas no esporte, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que aparecem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas (WEINECK, 1991). Para Tubino este princípio do treinamento esportivo está intimamente ligado ao fenômeno do stress, ou seja da quebra da HOMEOSTASE.
  3. PRINCIPIO DA SOBRECARGA - Vemos na literatura que imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando estabelecer a homeostase, chamamos esse processo de supercompensação, porém se for administrada uma incorreta disposição de carga e tempo de aplicação, podemos comprometer severamente esse principio. Concluímos que o equilíbrio entre carga aplicada e tempo de recuperação é essencial para garantir a existência da supercompensação.
  4. PRINCIPIO DA CONTINUIDADE - Este princípio está intimamente ligado ao da adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se adaptar. Na maioria dos casos um aluno que tem um alto desempenho, com certeza teve uma continuidade ao longo de sua preparação.
  5. PRINCIPIO DA INTERDEPENDÊNCIA VOLUME/INTENSIDADE - podemos afirmar que os êxitos do treinamento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas variáveis é acompanhado da diminuição direta da outra.
  6. PRINCIPIO DA ESPECIFICIDADEO princípio da especificidade é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos do OBJETIVO FINAL do treinamento. Sendo levado em conta a individualidade biológica do aluno, isto serve também como base para atletas e professores, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino, principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance com a finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reativa (ou saturação de aprendizagem). 
Concluímos que a criação de um programa de treinamento depende de inúmeras variáveis, devemos estar buscando cada vez mais fontes de conhecimento para lapidar e criar um treino que seja ideal e traga resultados, tanto para alunos iniciantes, intermediarios, avançados e atletas de alto rendimento.




Referencias e fonte:
  •  BENDA, Rodolfo Novellino & GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal: Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo horizonte, MG: Editora UFMG, 2001
  •  DANTAS, Estélio H. M. A Prática da Preparação Física. 3ª edição. Rio de Janeiro: Shape, 1995.
  •  WEINECK, Jürgen. Manual de Treinamento Esportivo. 2ª edição. São Paulo: Editora Manole, 1989.
  •  TUBINO, Manoel José Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3ª edição. São Paulo: Ibrasa, 1984.

   

terça-feira, 18 de junho de 2013

BARRA RETA OU W NA FLEXÃO DE COTOVELO ?

Na hora de fazer um exercício, além da funcionalidade que ele vai proporcionar (desenvolvimento de força, flexibilidade etc), o praticante deve buscar o conforto na execução do movimento e também a segurança para suas articulações. 

Analises biomecânicas especificam que o uso da barra w para executar o movimento de rosca, por exemplo, acaba sendo mais adequada por prevenir problemas nos cotovelos. “Essa articulação que a gente usa pra mexer o cotovelo requer o movimento do punho simultaneamente e, com uma barra reta, você deixa a articulação do punho desfavorável, podendo desenvolver uma tendinopatia”.


O professor e pesquisador da Unifae, Luis Claudio Bossi, ensina que “a principal estrutura de articulação do antebraço vai ser a de movimentação de supinação. Quando usa a barra W, o movimento do bíceps é de flexão do cotovelo acompanhado de uma supinação. Com a barra reta,tende a ter esse movimento por completo, porém essa posição leva a um estresse na articulação do cotovelo, conhecido como epicondilite lateral ou medial, também chamadas de ‘cotovelo de tenista’ e ‘cotovelo de golfista’, respectivamente”.


A articulação do cotovelo tem três músculos de ação: braquial, que é o mais importante, segundo Prof. Júlio Serrão, o bíceps e o braquioradial e há um rodízio entre eles provocado pela variação da posição das mãos durante o uso da barra: quando a palma está levantada para cima, você consegue acionar o braquial e o bíceps bem. Pra mudar isso, precisaria de uma mudança mais agressiva, com a palma virada pra baixo, o que o pessoal chama de rosca invertida. Onde há uma diminuição de ação do bíceps e deixar o braquial como mais importante, e o braquioradial vai ser trabalhado com o polegar pra cima, na pegada neutra”, ensina o profissional da USP.

 

A ideia da barra W, segundo Serrão, é que ela é feita para acomodar a posição do punho, protegendo a ele e ao cotovelo devido a uma empunhadura mais ergonômica. “A maioria dos aparelhos, como a rosca Scotch, já vem com a rosca em W e pegada neutra e com o tríceps se usa muito esse sistema reverso. A barra W também deve ser usada para o tríceps testa, que ao invés da flexão, faz a extensão e consegue evitar as lesões também”, complementa Bossi.




Fonte: 
 http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/biomecanica/25261-barra-reta-ou-barra-w-escolha-do-acessorio-pode-prevenir-lesoes-no-cotovelo

Referência:
Hamill, Joseph - 1999

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CICLO MESTRUAL

Hoje a publicação é dedicada as mulheres.

É um resumo básico sobre como o ciclo menstrual atua e modifica a intensidade do treino no dia a dia da mulher, e é preciso que o professor conheça essas alterações, para tornar mais eficiente o treinamento.

Primeiramente cada mulher tem uma duração especifica do seu ciclo, existem ciclos que duram de 21 a 22 dias, enquanto outros podem durar 32 a 36 dias. Vou usar como exemplo o mais comum, que é o de 28 dias.

  • Menstrual – 1° a 5° dia, carga média, 70% das mulheres não sentem alteração de rendimento.
  • Pós-menstrual – 6° a 12° dia, carga alta, período de maior rendimento.
  • Ovulatório – 13° a 15° dia, carga média.
  • Pós-ovulatório – 16° a 24° dia, carga alta.
  • Pré-menstrual – 25° a 28° dia, carga baixa, período de menor rendimento.



A maioria dos estudos relata uma melhor performance na fase pós-menstrual, e uma redução acontecendo na fase pré-menstrual, não esquecendo que as funções fisiológicas e a especialização desportiva são altamente individuais.




Refecia:

  1. LEBRUN, C.M. Effect of the different phases of the menstrual cycle and oral contraceptives on athletic performance. Sports Med. Mar 1993; 16(6):400.

  1. Curso de Especialização, método Gallo System, 2012

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Condromalácia Patelar

A postagem hoje será dedicada a um problema comum e constante dentro das academias e aos praticantes de corrida de rua, a condromalácia patelar.

Tem como definição o amolecimento ou desgaste da cartilagem articular sob a patela, provocando dor e inflamação. Sua principal causa é o atrito repetitivo das superfícies articulares da patela e do fêmur sob condições de desalinhamento patelar ou de biomecânica anormal do joelho.

Alguns sintomas são:
  • Dor difusa na região anterior do joelho ao caminhar, correr, saltar, subir e descer escadas, agachamento.
  • Inflamação
  • Crepitação na flexão/extensão do joelho
Sobre os fatores que prejudicam o alinhamento patelar uma das suas principais causas são:
  • Aumento do ângulo Q
  • Patela alta
  • Insuficiência do vasto medial obliquo
  • Desequilíbrio articular
Reabilitação:
  • Alongar quadríceps, panturrilhas e isquiostibiais
  • Exercícios isométricos
  • Exercícios isotônicos leves avaliando o limite de extensão e flexão
  • Ênfase no quadríceps de 0° a 45°
  • Evitar sobrecarga na articulação patelar a 90°
  • Aplicação de gelo após o exercício

segunda-feira, 29 de abril de 2013

AGACHAMENTO - UMA ANÁLISE BIOMECÂNICA

Ao longo de décadas foram cultivadas crenças e opiniões infundadas, baseadas em conhecimento empírico. Inúmeros praticantes de academia e até mesmo professores formaram opiniões sem base cientifica sobre esse exercício (agachamento). Nesta matéria, tentaremos esclarecer uma questão discutida há anos.

Afinal, no agachamento pode ou não o joelho ultrapassar a ponta do pé?
Este mito foi criado baseado em suposições e opiniões de praticantes que vieram a ser instrutores no modelo antigo de gestão de academias, clubes e outros locais de pratica de exercícios. Esta crença baseia-se na premissa de que, não projetando seu joelho para frente, o agachamento se torna mais “seguro”. Para entender o que seria ou não seguro, tentaremos dar uma visão geral sobre o agachamento e suas particularidades.
Existem inúmeras formas de realizar este exercício: com os pés afastados, com os pés unidos, o famoso agachamento sumô, na máquina, com barra livre e assim por diante. Não queremos aqui dar receita ou dizer o que é certo ou errado; a intenção aqui é esclarecer e orientar o praticante para uma melhor escolha em um programa de treinamento. Quando realizamos um agachamento, nosso corpo solicita inúmeras estruturas para vencer a resistência imposta, seja ela do próprio corpo ou de pesos. Estas estruturas dividem o peso de acordo com a posição em que se encontra o corpo, pois existe um ponto central de aplicação de carga que é chamado de centro de gravidade. Este centro de gravidade é o ponto onde a gravidade age com maior intensidade, gerando uma sobrecarga maior naquele ponto.

Onde se encontra o centro de gravidade?
Na posição ortostática, o centro de gravidade está localizado próximo à região do umbigo, e é neste ponto que se aplica a força idade. Quando afastamos um segmento da linha medial do corpo, o centro de gravidade muda de posição, fazendo com que este se desloque de acordo com o movimento realizado. Agora que sabemos onde e como funciona o deslocamento do centro de gravidade e sua aplicação de força, ficou mais fácil entender uma coisa.
No que o centro de gravidade influencia no agachamento?
Ao realizar um agachamento em que os joelhos não ultrapassam a ponta do pé, adotamos posturas diferentes para um exercício livre ou na máquina. No agachamento livre, para equilibrar o corpo, projetamos o quadril para trás e a cabeça para frente; isso faz com que o centro de massa se desloque para frente, sobrecarregando totalmente as estruturas que envolvem a região lombar, tirando grande parte da sobrecarga sobre o quadríceps e jogando para o glúteo e extensores do quadril. Ao realizar este exercício na máquina, o praticante, para não ultrapassar o joelho da ponta do pé, retifica sua lombar e projeta os pés para frente.

Esta manobra gera uma sobrecarga imensa nos joelhos, e somada a um ângulo de 90º, que é um dos pontos de maior compressão patelo-femoral que existe, com certeza irá gerar uma lesão no joelho, e quando se trata da retificação da coluna lombar, este movimento faz com que esta região suporte menos sobrecarga, aumentando assim, o risco de lesão para esta região também.

E quanto às estruturas envolvidas no agachamento?
Este pode ser considerado um dos exercícios mais completos e complexos que existem, pois a composição de músculos, articulações e tendões envolvidos é imensa. Mas, por hora, vamos nos ater a uma articulação em particular para entendermos melhor sobre a questão de não ultrapassar o joelho da ponta do pé. Vamos falar sobre a articulação do tornozelo, que é extremamente importante neste exercício. Para o praticante realizar o exercício (agachamento) sem ultrapassar o joelho da ponta do pé, esta articulação fica praticamente imóvel. Esta ação sobrecarrega outras estruturas. Quando o praticante ultrapassa o joelho da ponta do pé, as forças que agem sobre o ALH (aparelho locomotor humano) são distribuídas entre as estruturas envolvidas, gerando uma dorsiflexão do tornozelo, fazendo com que o tibial posterior se contraia. Esta ação do tibial posterior gera uma rotação interna da tíbia, consequentemente, uma rotação externa do fêmur, diminuindo assim o ângulo Q.
Concluímos que, do ponto de vista da segurança e da eficiência, distribuir a carga entre as estruturas envolvidas em qualquer movimento realizado pelo ALH (aparelho locomotor humano) é a melhor estratégia a ser adotada. Claro que existem inúmeras outras variações e estratégias de treinamento, e cabe ao professor responsável pela montagem do programa escolher a que melhor se aplica à pessoa em questão.

Referências dos estudos:

HAMILL, J. Bases biomecânicas do movimento humano. 2ª edição, São Paulo-2008
Journal of Biomechanics -2010

Fonte:
Portal da educação física

quarta-feira, 13 de março de 2013

Síndrome da tensão medial tibial ou "canelite"

Síndrome da tensão tibial medial está relacionada às principais alterações biomecânicas encontradas nos corredores de rua.


Você sentia dor na canela, foi diagnosticado com síndrome da tensão medial tibial (a “canelite”), fez gelo, repouso, alongou e melhorou. Mas quando voltou ao ritmo normal de treinos começou a sentir dor novamente? Isso acontece porque existem alguns movimentos do corpo durante a corrida que são associados à canelite. Enquanto esses movimentos inadequados não forem descobertos e tratados, a canelite nunca estará totalmente curada e pode voltar.

As principais alterações biomecânicas encontradas em pessoas com canelite são:


Pronação do tornozelo: no momento em que o peso do corpo está sobre o pé, a sua parte mais posterior “cai para dentro” devido à fraqueza de alguns músculos do tornozelo e da perna;

Deformação excessiva do arco plantar: o pé apresenta uma elevação na parte interna chamada de arco plantar. Durante a corrida é normal que ocorra um rebaixamento desse arco para absorver o impacto do pé com o solo, porém um rebaixamento excessivo e muito rápido é um dos fatores ligados a canelite;

Contração inadequada do músculo sóleo: o sóleo é um dos músculos da panturrilha e sua contração produz o movimento de flexão plantar do tornozelo (movimento de colocar a ponta do pé para baixo, como no acelerador do carro). Este movimento ocorre na fase de impulsão da corrida, quando o pé está quase saindo do solo. Na canelite esse músculo se contrai antecipadamente, prejudicando a impulsão e aumentando o stress no osso da canela (tíbia).

Tratamento


É preciso identificar qual é a alteração biomecânica que mais está contribuindo para a canelite e realizar um processo de correção do movimento com fortalecimento da musculatura adequada. Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente, mas de um modo geral nas situações de pronação do tornozelo e rebaixamento do arco plantar realiza-se fortalecimento dos músculos do pé e do tornozelo; no caso da contração inadequada do músculos óleo é necessário um treinamento funcional de reeducação do padrão de impulsão da corrida.





Referencia:

-Carr, K., & Sevetson, E. (2008). How can you help athletes prevent and treat shin splints? Journal of Family Practice, 57(6), 406-408. Retrieved from EBSCOhost.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Atividade física em jejum

Nos treinos ou provas realizadas no início da manhã, como as que farão parte do circuito Rei e Rainha do Mar neste domingo, no Rio de Janeiro, existe sempre uma preocupação com a alimentação prévia à atividade. Podemos considerar consenso a recomendação de não competir em jejum. A falta de uma ingestão de alimentos na manhã do dia da prova representaria competir após jejum de várias horas, o que comprometeria o desempenho, podendo até precipitar um episódio de hipoglicemia com consequências mais sérias.

Entretanto, ingerir alimentos imediatamente antes de uma atividade física também requer certos cuidados. Existe um quadro de desconforto que pode prejudicar o atleta e até mesmo provocar a interrupção da atividade que tem relação com a ingestão de alimentos. Trata-se da incômoda dor no flanco, um episódio que muitos praticantes de esporte já experimentaram e que a ciência se preocupou em explicar. A causa da dor de lado

Esta dor aparece de forma inesperada e pode se tornar tão intensa que inviabiliza a continuidade do exercício. Alguns estudos científicos puderam esclarecer sua causa. Segundo estas evidências, o quadro seria decorrente da presença de conteúdo no estômago, prejudicando o movimento descendente do músculo diafragma que se torna exacerbado quando a respiração é mais exigida durante exercícios mais intensos.

Quando o diafragma desce para expandir a caixa torácica, se houver conteúdo no estômago, o músculo se comprime contra este obstáculo mecânico. Esta compressão do diafragma ocasiona prejuízo da sua perfusão sanguínea, provocando dor. A conclusão é que iniciar uma atividade com conteúdo alimentar no estômago é desaconselhável.


Fonte: Portal da Educação Física.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Hipertensão

O ACMS (American College of Sports Medicine), referencia em recomendações para grupos especiais, estabelece que a redução efetiva da pressão arterial pode ser atingida:


  • Atividade aeróbica com intensidade de 40% a 70% do VO2máx ou da FC reserva.
  • 3 a 5 vezes por semana, ideal até 7 vezes.
  • Duração da sessão de 20 a 60 minutos.
  • Atividade neuromuscular com caracteristicas de endurance, RML ou força dinâmica.
  • O individuo deve estar sempre monitorado, através do frequencimetro cardíaco durante a atividade física, e deve sempre aferir a pressão arterial antes e depois do treinamento.